quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Satélite UARS cairá na Terra

Por enquanto a previsão da queda é ainda muito vaga, apontando entre quinta e sábado, sendo o mais provável na sexta. O local é mais indefinido ainda. Mesmo duas horas antes de sua queda, a margem de erro é de mais ou menos 25 minutos, o que pode representar uma distância de 12 mil km.
Do tamanho de um ônibus e pesando quase seis toneladas, cerca de 500 Kg do satélite UARS (Upper Atmosphere Research Satellite) poderão resistir ao calor da reentrada na atmosfera, principalmente as partes constituídas de Berílio, metal que pode suportar temperaturas muito altas. O Berílio usualmente está presente nas camadas externas e em componentes internos. O que sobrar da queima poderá dividir-se em algumas partes que poderão atingir o planeta em qualquer ponto entre as latitudes 57 norte e 57 sul, como ilustrei na parte escura da imagem abaixo.



De qualquer modo, aqueles que ficarem de olho no céu, mesmo de dia, e presenciarem o momento da reentrada, que até o momento é indefinida, eventualmente, se não cair na cabeça de ninguém, poderão testemunhar um belo espetáculo.


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Satélite desativado da Nasa vai atingir a Terra nesta sexta-feira


CABO CANAVERAL, Estados Unidos - Um satélite científico desativado da Nasa deve cair nesta sexta-feira, 23, na Terra, espalhando detritos em algum ponto imprevisível do planeta, segundo cientistas da agência espacial norte-americana (Nasa).

"A atmosfera muda todos os dias. É impossível dizer como isso irá afetar a sua volta", disse Michael Duncan, vice-líder do departamento de percepção situacional do espaço no Comando Estratégico dos Estados Unidos.


A órbita do satélite sobrevoa a maior parte do planeta e por enquanto, só se sabe que ele cairá entre o norte do Canadá e o sul da América do Sul.

Segundo a Nasa, os detritos muito provavelmente cairão no oceano ou em áreas desabitadas. A órbita do satélite passa por grande parte do planeta, desde o norte do Canadá até parte do sul da América do Sul. A probabilidade de que alguém seja atingido pelos detritos é de um em 3.200, afirmou a agência espacial.

Devido ao seu grande tamanho, a entrada na atmosfera do satélite será visível, caso haja alguém por perto.

Mesmo a Nasa tendo explicado que não se conhece nenhum caso de pessoas feridas por objetos espaciais, as Forças Armadas dos Estados Unidos advertem os cidadãos que, caso os restos do satélite caiam em uma área povoada, que avisem as autoridades e que não toquem estas peças.

O motivo do aviso não é apenas por questões de segurança, mas também porque todos os restos do satélite são propriedade do Governo americano, de modo que, insistem as autoridades, "não se pode vender para colecionadores, nem através do site eBay".

O Uars (Satélite de Pesquisas da Atmosfera Superior, na sigla em inglês) pesa 6,5 toneladas e foi colocado em órbita pelo ônibus espacial Discovery em 1991. Projetado para medir as mudanças atmosféricas e os efeitos da poluição, ele funcionou durante 14 anos fazendo medições do ozônio e de outras substâncias químicas da atmosfera.

Desde que completou sua missão, em 2005, o Uars vem lentamente perdendo altitude, por causa da gravidade terrestre. Na sexta-feira, a peça de 10,6 metros de comprimento e 4,5 metros de diâmetro deve mergulhar na atmosfera, segundo o site da Nasa.

A maior parte do equipamento acabará sendo incinerada na queda, mas os cientistas preveem que até 26 peças, com um peso total de 500 quilos, poderão sobreviver ao atrito e cair em algum lugar do planeta. O maior pedaço esperado, parte da estrutura do satélite, deve pesar 150 kg.

Satélites e corpos rochosos caindo na Terra não são nenhuma novidade. No ano passado, cerca de 400 pequenos pedaços de detritos entraram em nossa atmosfera e puderam ser encontrados.

Partes velhas de foguetes e satélites entram na atmosfera terrestre uma vez por semana. Um grande satélite como o UARS (que tem 10 metros de comprimento e 4,5 metros de diâmetro) volta à Terra uma vez por ano.

É muito difícil calcular com precisão quando chegará à Terra um satélite fora de controle. Qualquer pequena mudança na hora de sua volta na atmosfera é traduzida em milhares de quilômetros de diferença sobre o lugar onde cairá.

A chegada do Uars estava prevista para final de setembro ou início de outubro, mas sua queda será antecipada devido ao forte aumento da atividade solar na semana passada.

Diário do Comércio

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domingo, 11 de setembro de 2011

Morre, aos 68 anos, o músico Manito


Morreu hoje(sexta feira, 09/09/2011), aos 68 anos, o músico Antônio Rosas Seixas, o Manito, que foi saxofonista da banda "Os Incríveis" e que participou também da fundação do grupo de música instrumental "Saxomania" junto com o músico João Cuca. Manito sempre foi lembrado por solos inesquecíveis durante a Jovem Guarda, época em que "Os Incríveis" se firmaram como uma das mais importantes bandas do País. Inspiraram e ainda inspiram muitos jovens com a sua música. Manito tratava desde 2006 de um câncer na laringe, o que o afastou dos shows com o "Saxomania" devido ao duro tratamento de quimioterapia.

"O tumor voltou em 2010", explicou hoje Lucinha, companheira há 13 anos do músico, que morreu em casa nesta tarde. "Em maio, ele foi operado. Mas ele já tinha feito radioterapia e a pele estava afetada, com dificuldade para cicatrizar, e ele tinha problemas hepáticos. Vivemos com empenho para ele se recuperar, tivemos momentos animadores. No fundo, eu sei que foi uma grande libertação. Ele sempre foi um grande guerreiro. Isso foi uma libertação e está sendo recebido com muita alegria. Já está dando o tom. Com certeza, está em uma luz muito aconchegante e recebendo os últimos momentos das pessoas que o quiseram muito bem." Ele deixa cinco filhos. Três do primeiro casamento, dois do segundo.

Lívio Benvenuti Júnior, o Nenê, contrabaixista da banda "Os Incríveis", lamentou a morte do amigo. "Ele foi para o outro lado porque estava sofrendo muito. Eu acompanhei toda a trajetória, foi muito difícil para ele. Graças a Deus, ele se foi. É muito chato isso, um grande amigo, perdi um grande cara, é muito difícil. Mas venho chorando faz tempo de vê-lo definhando. Mas, graças a Deus, ele vai lá para cima", disse o músico. Os detalhes do velório e do enterro estão sendo organizados agora pela família.

"Ele se libertou da matéria, que já estava muito sofrida. E foi apresentar seu show em outras esferas. Deixou muitas coisas boas, engrandeceu a música e trouxe um modo novo de tocar sax, inspirou muita gente. É uma pessoa sempre grandiosa, de muita ética, honestidade. Passou muita alegria para as pessoas. Morreu aos 68 anos, 64 anos de música. Começou a tocar aos 4 anos e, aos 5, já ajudava com as despesas de casa", lembrou Lucinha, muito emocionada
Diário do Grande ABC


A matéria do Diário esquece(?) de informar que o Manito, além de fundador de "Os Incríveis", um dos maiores grupos da Jovem Guarda (ou iê-iê-iê), com sucessos inesquecíveis como "Era um Garoto Que, Como Eu, Amava os Beatles e os Rolling Stones" e a ufanista "Eu Te Amo, Meu Brasil", também fez parte e foi um dos idealizadores da Banda Som Nosso de Cada Dia, que foi uma das melhores e mais importantes bandas do Rock nacional nos anos 70, chegando até a abrir 5 shows na turnê do Alice Cooper no Brasil.

Durante sua longa carreira, Manito ainda tocou com muitos nomes de peso, como Os Mutantes, Rita Lee, Camisa de Vênus, Roberto Carlos, Zé Ramalho...



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